No final de dezembro de 2018, o Santa Mônica recebeu a visita dos fiscais do Instituto de Águas e Terras do Paraná (IAT) que fizeram a inspeção das barragens do Clube. Em decorrência do que aconteceu em Brumadinho e de outros rompimentos, o Governo Federal decretou que todos os Estados cumpram com uma portaria que diz que cada unidade federativa seja responsável pela segurança das barragens que existem em cada município de seu território. Dentro dessa normativa, além da segurança de que essa barragem está em condições normais de suportar a carga de água e manter todo o seu entorno, os proprietários têm que proteger as margens e os seus lagos do contorno da barragem. “Aquela impressão que nós tínhamos de que era bom ter árvores em volta dos rios, para lagos não se aplica, porque se você tem uma árvore do lado da água com a marola, a água vai ‘comendo’ a terra cada vez mais e a raiz vai se soltando, permitindo que haja erosão na beira do lago. Era o que estava acontecendo no Lago Azul, próximo ao Salão CTB, por exemplo”, explica o Gerente de Engenharia do Clube, Valdemir de Jesus Souza.
Na oportunidade, o IAT fiscalizou todas as barragens do Clube: do Golfe, do Lago Azul e do Lago dos Patos, e entregou o formulário de inspeção de suas estruturas, com todas as ações necessárias para que elas continuem seguras, em pleno funcionamento e em condições de estabilidade. Com base nessa normativa, o Santa Mônica se cercou de todos os cuidados técnicos para que a barragem fosse inspecionada e aferida por um especialista. Em função da legislação vigente, o Clube foi notificado a proteger o entorno dos lagos e a correção das partes que estavam assoreadas, sendo assim, o IAT determinou que no Lago Azul fossem retiradas as árvores e arbustos das margens e, no Lago dos Patos, as palmeiras. Em ambos, foi solicitado o enrocamento (a colocação de pedras para proteção das margens), no intuito de evitar erosão. As pedras não permitirão que a água avance e promova o assoreamento.
Essa normativa veio para beneficiar as barragens que estão em boas condições de funcionamento, o que é o caso do Santa Mônica. Segundo o laudo de vistoria de um profissional responsável técnico, ele afirmou que todas as barragens do Clube estão em condições normais de estrutura para o pleno funcionamento. O Instituto afirmou no laudo que o Clube teria que fazer uma proteção, mesmo com os lagos e as barragens estando em condições normais. Independente de cumprir com a normativa com todas as documentações necessárias preenchidas e protocoladas no Instituto das Águas.
Sobre as árvores
A retirada das árvores e arbustos dos Lagos Azul e dos Patos foi autorizada pelo Instituto Ambiental do Paraná – IAP. Os exemplares que puderam ser reaproveitados foram transplantados para outras áreas, como por exemplo, as palmeiras retiradas do Lago dos Patos foram transplantadas para o campo de golfe.
As obras
O Clube está cumprindo com a determinação do Instituto de Águas e Terras do Paraná para a perfeita estabilidade dos lagos e barragens existentes no Santa Mônica. As obras tiveram início em 2019 e seguiram até março, porém, devido à pandemia passaram por uma longa pausa, seguida do processo eleitoral do Clube. As ações foram retomadas em novembro de 2020. “Todos os documentos foram providenciados e a previsão de conclusão do enrocamento, última etapa das obras, é fevereiro de 2021. É importante ressaltar que o Clube fez para cada barragem um processo que será registrado individualmente no Instituto. E a cada um ano e meio, será feita uma nova vistoria. Essa proteção está dentro da normativa e traz segurança para o Santa Mônica, para os associados e para toda a sociedade”, conclui Valdemir.